Você já se perguntou como algumas pessoas conseguem lembrar de tantas informações enquanto você luta para lembrar onde deixou seu tênis ou aquela música que marcou um date?
Aliás, quando o assunto é esquecimento nos estudos fica ainda pior… Qual aquela fórmula matemática? Ou aquela data importante na história do Brasil?
Não se preocupe, o post de hoje é para te ajudar a descobrir as melhores técnicas de memorização para usar nos estudos!

O que é memorização?
Em primeiro lugar, saiba que a memória é como uma caixa mágica onde guardamos todas as nossas lembranças, aprendizados e experiências.
Ela é super importante porque nos ajuda a lembrar quem somos, o que gostamos e até a planejar nosso dia a dia. Além disso, está ligada a outras funções cerebrais importantes, como tomar decisões e aprender coisas novas.
Dessa forma, entende-se que a memorização é o processo de armazenar informações no nosso cérebro para que possamos recuperá-las quando necessário.
Só para ilustrar, é como guardar arquivos em uma biblioteca mental para que você possa acessá-la sempre que precisar.
Como funciona o processo de memorização?
Como será que o cérebro trabalha para guardar todas aquelas informações importantes que a gente precisa lembrar, como a matéria para a prova ou o nome daquela pessoa nova na turma?
Em resumo, a memorização é como o nosso cérebro separa as informações mais relevantes e as guarda.
Imagine que o cérebro é como uma grande rede de estradas, onde cada estrada conecta diferentes pontos. Essas estradas são as sinapses, que ligam os neurônios (as células nervosas) e permitem que as informações viajem por essas conexões.
Quando você vê, ouve, sente, cheira ou prova algo, essa informação percorre essas estradas e vai parar em diferentes regiões do cérebro. Conheça todas elas:
- Córtex frontal: é como a mesa de trabalho do seu cérebro. Aqui ficam as memórias de curto prazo, como quando você precisa lembrar de um número de telefone por um minuto.
- Hipocampo: é o arquivo central do seu cérebro. As memórias de longo prazo, como aquelas fórmulas de matemática ou as histórias que você ouviu quando era criança, são guardadas aqui.
Quais são os tipos de memórias?
Nosso cérebro não armazena todas as informações do mesmo jeito. Dependendo do tipo de informação, ele usa diferentes “gavetas” para guardá-las.
- Memória de procedimento: sabe quando você aprende a andar de bicicleta e nunca mais esquece? Esse é o tipo de memória que guarda habilidades como tocar um instrumento ou dirigir.
- Memória declarativa: usamos para lembrar informações de forma consciente, como o nome do professor ou onde fica a padaria mais próxima.
- Memória processual: responsável por habilidades que você aprende uma vez e depois faz automaticamente.
- Memória visual: você registra o que você vê, como uma fotografia mental. Ela tem curta duração, mas é muito útil para lembrar detalhes visuais rapidamente.
- Memória episódica: guarda essas lembranças de eventos e experiências pessoais.
- Memória topocinética: guarda informações sobre a posição e o movimento do seu corpo no espaço.
- Memória semântica: é tipo um banco de dados de conhecimento geral, onde ficam guardadas informações como o significado das palavras, fatos históricos e conceitos.
Cada um desses tipos de memória tem um papel importante na forma como aprendemos e lembramos das coisas.
Entender como seu cérebro guarda as informações pode te ajudar a encontrar as melhores técnicas para estudar e lembrar do que é mais importante.
Qual é a diferença entre memorizar e decorar?
Memorizar e decorar podem parecer a mesma coisa, mas há uma diferença importante.
Memorizar envolve compreender e internalizar a informação, enquanto decorar é apenas repetir a informação sem necessariamente entendê-la.
Só para exemplificar… Memorizar é como aprender a jogar aquela game incrível, uma vez que você aprende, você não esquece.
Por outro lado, decorar pode ser fixar uma sequência de números para uma prova e depois esquecer tudo no dia seguinte.
Qual a melhor técnica de memorização?
Uma vez que somos pessoas únicas com comportamentos e qualidades diferentes, não existe uma técnica única que funcione para todos.
Por isso, chegou o momento de conhecer algumas das mais eficazes que você pode experimentar e ver qual tem mais a ver com você!
Repetição simples e repetição espaçada
A repetição simples é exatamente o que parece — repetir a informação várias vezes. Já a repetição espaçada envolve revisar a informação em intervalos crescentes de tempo, o que ajuda a fortalecer a memória a longo prazo.
Pense na repetição espaçada como regar uma planta: pequenas doses de água regularmente fazem a planta crescer forte.
Associação
A associação envolve ligar novas informações a algo que você já conhece. Por exemplo, se você está tentando lembrar que o nome do seu novo colega de classe é “Leonardo”, você pode associar isso ao famoso pintor Leonardo da Vinci.
Essa técnica cria uma rede de conexões em sua memória, facilitando a recuperação das informações.
Palácio da memória ou método de Loci
Esta técnica envolve visualizar um local familiar (como a sua casa) e “colocar” as informações que você quer lembrar em diferentes partes desse local.
Quando você precisa lembrar da informação, basta “caminhar” mentalmente pelo local e recuperar o que você armazenou. É como ter uma casa cheia de post-its mentais!
Rima mneumônica
Criar rimas para as informações que você precisa lembrar pode tornar o processo mais divertido e eficaz.
Inclusive, as rimas criam padrões que nosso cérebro adora, tornando a recuperação da informação mais fácil. Lembra da música do alfabeto que você aprendeu quando criança? Exatamente assim!
Acrônimo
Surpreendentemente, um acrônimo é uma palavra formada pelas primeiras letras de uma série de palavras.
Por exemplo, se você precisa lembrar as cores do arco-íris em inglês (Red, Orange, Yellow, Green, Blue, Indigo, Violet), você pode usar o acrônimo “ROYGBIV”.
Esta técnica simplifica a memorização de listas e sequências.
Chunking
Essa técnica envolve quebrar grandes pedaços de informação em pedaços menores e mais manejáveis.
Por exemplo, ao invés de tentar memorizar os primeiros dígitos de pi (π) como “3,141592653”, você pode dividi-lo em “3”, “141”, “592” e “653”. Nosso cérebro é mais eficiente em lembrar de pequenos grupos de informações.
Flashcards
São cartões com perguntas de um lado e respostas do outro. Eles são uma maneira prática de praticar a repetição espaçada e podem ser usados em qualquer lugar.

Existem também aplicativos que simulam flashcards, facilitando ainda mais a prática.
Como treinar a memorização?
Agora que você conhece algumas das melhores técnicas de memorização, é hora de aprender como aplicá-las no seu dia a dia de forma eficiente.
Aqui estão algumas dicas gerais que podem ajudar você a colocar essas técnicas em prática:
- Tenha uma rotina de estudo;
- Escolha um ambiente de estudo tranquilo e organizado;
- Use ferramentas digitais;
- Dê uma descansada;
- Teste a si mesmo;
- Estude em grupo;
- Seja criativo;
- Revise com frequência e faça resumos;
- Tenha boas noites de sono;
- Mantenha-se ativo;
- Alimente-se bem e hidrate-se.
Com essas dicas, você estará bem preparado para aplicar as melhores técnicas de memorização nos seus estudos.
Lembre-se de que cada pessoa é única, então experimente diferentes abordagens para descobrir o que funciona melhor para você.
Para finalizar, deixei abaixo um e-book para turbinar ainda mais o seu aprendizado! É só clicar!

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