Índice
Outubro é um mês diferente. É o mês em que cidades se iluminam de rosa, laços são distribuídos e campanhas ganham força em todo o mundo.
Mas, acima de tudo, é o mês em que lembramos que cuidar da saúde é um ato de amor próprio e de solidariedade com quem amamos.
O Outubro Rosa é mais do que uma campanha: é um movimento global que une ciência, educação e empatia. Ele nos lembra que a luta contra o câncer de mama não é individual, mas coletiva, envolvendo toda a sociedade e diferentes áreas da Medicina.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama segue como o mais incidente entre mulheres no Brasil, com 73.610 novos casos por ano projetados entre 2023 e 2025.
Ele também lidera as estatísticas de mortalidade feminina por neoplasias. Mas há um dado que nos enche de esperança: quando descoberto cedo, as chances de cura chegam a 95%.
E para entender melhor essa realidade, trouxe a visão de um especialista que une prática médica e experiência acadêmica: o Dr. Rafael da Silva Sá, mastologista e professor do curso de Medicina da Unoeste.

O que é o Outubro Rosa?
O Outubro Rosa é uma campanha internacional de conscientização que tem como objetivo principal alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
De acordo com o Dr. Rafael da Silva Sá, mastologista e professor do curso de Medicina da Unoeste, o “Outubro Rosa fala sobre autocuidado, empoderamento e escolhas saudáveis que transformam vidas. Ele vai além dos exames: é um movimento que inspira mudança de hábitos e fortalece a esperança”
Como surgiu a campanha Outubro Rosa?
O movimento Outubro Rosa começou em 1990, nos Estados Unidos, durante a primeira edição da Corrida pela Cura (Race for the Cure), em Nova York.
O evento foi promovido pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, uma das maiores organizações do mundo dedicadas à luta contra o câncer de mama.
Na ocasião, os participantes receberam laços cor-de-rosa, que rapidamente se tornaram um símbolo universal da causa.
Esse gesto simples ganhou força e visibilidade internacional. Pouco a pouco, o laço rosa passou a ser usado por diferentes instituições, empresas e comunidades, até se consolidar como um ícone de empatia, união e mobilização social.
No Brasil, a primeira grande ação ocorreu em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado de rosa.
A cena chamou a atenção da mídia e da população, marcando o início da adesão nacional ao movimento.
Desde então, o Outubro Rosa cresceu e se fortaleceu. Hoje, é comum ver prédios históricos, universidades, hospitais e até monumentos turísticos internacionais iluminados de rosa, reforçando a mensagem de que a luta contra o câncer de mama não é restrita ao campo da medicina, mas envolve toda a sociedade.
“A grande força do Outubro Rosa está no fato de ter saído dos consultórios para ocupar ruas, escolas, universidades e espaços públicos. Cada monumento iluminado em rosa é um lembrete coletivo de que a prevenção salva vidas”, destaca Dr. Rafael.
Qual é o tema do Outubro Rosa 2025?
O tema do Outubro Rosa em 2025 é “Atenção integral à saúde da mulher”.De acordo com o professor Rafael, esse conceito amplia o olhar sobre a saúde feminina.
“Apesar de ser fortemente correlacionado à prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa estimula o cuidado e a atenção à saúde global das mulheres. Isso inclui a prevenção do câncer de colo do útero, o cuidado com doenças cardiovasculares e a busca por qualidade de vida”.
Ele acrescenta que assim, a campanha de 2025 não se limita apenas à detecção precoce do câncer de mama, mas propõe um cuidado mais amplo e integral, incentivando hábitos de vida saudáveis e consultas preventivas que garantam uma vida plena e equilibrada.
Qual é a importância da conscientização e do diagnóstico precoce?
O câncer de mama ainda é o tipo mais incidente entre as mulheres brasileiras, com mais de 73 mil novos casos anuais previstos até 2025 . Esses números reforçam o quanto a conscientização é fundamental.
De acordo com o Dr. Rafael a chave está no diagnóstico precoce, pois ele é a principal estratégia para reduzir os desfechos ruins do câncer de mama, que infelizmente pode levar a metástases e até à morte.
“Quando identificamos tumores menores que 2 cm, a taxa de cura pode chegar a cerca de 95%, o que é considerado altíssimo para a Medicina”, explica.
A conscientização, portanto, não significa apenas falar sobre exames, mas também criar uma cultura de autocuidado, incentivar que as mulheres busquem consultas regulares e garantir acesso a exames como a mamografia.
Além disso, dados do INCA mostram que o rastreamento pode reduzir em até 30% a mortalidade por câncer de mama.
Isso significa que campanhas como o Outubro Rosa não são apenas simbólicas: elas têm impacto direto na sobrevivência de milhares de mulheres todos os anos e são uma forma clara de Medicina preventiva aplicada em saúde pública.
Quais são os principais sintomas do câncer de mama?
Dr. Rafael comenta que o câncer de mama pode ser assintomático em seus estágios iniciais, o que reforça a importância da mamografia anual a partir dos 40 anos como método de rastreamento recomendado pelos especialistas.
No entanto, ele informa que alguns sinais merecem atenção imediata e devem ser investigados:
- Nódulos palpáveis nas mamas ou nas axilas;
- Lesões de pele na região da mama ou do mamilo;
- Retrações ou alterações na forma da mama;
- Assimetria entre as mamas;
- Saída de líquido pelo mamilo, principalmente quando é sanguinolento ou transparente.
“O câncer de mama pode ser silencioso, mas quando apresenta sinais, precisamos dar atenção imediata. Qualquer alteração deve ser investigada por um especialista. O autoexame ajuda a conhecer o corpo, mas não substitui a mamografia”, diz.
Quais são as 7 dicas para prevenir o câncer de mama?
Embora nem todos os casos possam ser evitados, muitos fatores de risco estão relacionados ao estilo de vida. Por isso, a prevenção é considerada uma das estratégias mais eficazes.
Segundo o Dr. Rafael da Silva Sá, pequenas escolhas diárias podem fazer grande diferença:
- Pratique atividade física regularmente – pelo menos 150 minutos semanais de exercícios moderados já trazem benefícios para a saúde.
- Mantenha uma alimentação equilibrada – rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e pobre em ultraprocessados e gorduras saturadas.
- Durma bem e cuide da saúde emocional – o descanso adequado e o manejo do estresse contribuem para o equilíbrio do organismo.
- Reduza ou evite o consumo de álcool – o consumo frequente aumenta o risco para o câncer de mama.
- Não fume – o tabagismo está associado a diversos tipos de câncer, incluindo o de mama.
- Mantenha o peso corporal saudável – principalmente após a menopausa, quando a obesidade se torna um fator de risco importante.
- Realize exames periódicos – consultas médicas de rotina e mamografia anual a partir dos 40 anos são fundamentais para a detecção precoce.
“A prevenção não depende de grandes mudanças, mas de constância. São escolhas simples que, somadas ao longo da vida, ajudam a reduzir riscos e a manter uma vida mais saudável.” – Dr. Rafael da Silva Sá.
Qual é o papel do profissional de saúde na campanha Outubro Rosa?
O Outubro Rosa não é apenas um movimento de conscientização para a população: ele também reforça a responsabilidade dos profissionais de saúde como agentes ativos na prevenção e na educação em saúde.
“O papel do profissional de saúde vai muito além do diagnóstico e do tratamento. Ele precisa assumir o compromisso social de levar informação de qualidade e baseada em evidências científicas para a comunidade”, pontua o professor Rafael.
Esse papel envolve várias dimensões:
- Educar: falar sobre a importância do diagnóstico precoce em consultas, palestras e ações comunitárias.
- Acolher: oferecer escuta ativa e suporte emocional às mulheres em investigação ou tratamento.
- Mobilizar: participar e organizar campanhas, ações públicas e atividades em escolas, universidades, igrejas e empresas.
- Dar exemplo: profissionais engajados inspiram confiança e estimulam a adesão à prevenção.
Para ele, o profissional de saúde é também um multiplicador de esperança. Cada orientação correta, cada palestra e cada conversa simples pode representar a diferença entre um diagnóstico tardio e a chance de salvar uma vida.
O que falar na palestra Outubro Rosa?
Uma palestra do Outubro Rosa deve ser mais do que um conjunto de dados médicos: precisa tocar corações, informar de forma clara e despertar atitudes de prevenção.
“O grande desafio não é apenas transmitir informações técnicas, mas comunicar de maneira acessível, acolhedora e motivadora. Cada palestra deve deixar a pessoa com a sensação de que ela pode e deve cuidar da sua saúde”, declara o professor.
Aqui estão os principais pontos que podem compor uma palestra inspiradora:
- Explique o que é o Outubro Rosa: contextualize o movimento, sua origem e sua importância mundial.
- Traga dados reais: números de incidência e de cura quando o diagnóstico é precoce, para mostrar a seriedade e também a esperança.
- Mostre os sinais de alerta: explique, de forma simples, quais sintomas exigem investigação.
- Reforce a prevenção: fale sobre hábitos saudáveis, autocuidado e a importância da mamografia anual após os 40 anos.
- Destaque o apoio emocional: lembre que a luta contra o câncer também é espiritual, psicológica e social, não apenas física.
- Use histórias e exemplos reais: depoimentos e casos positivos ajudam a humanizar o tema.
- Encerre com esperança: motive o público a ser multiplicador da mensagem, cuidando de si e incentivando outras mulheres a se cuidarem também.
“Uma palestra do Outubro Rosa deve ser um convite à ação. Não é só sobre informar, mas sobre inspirar cada pessoa a ser protagonista de sua saúde e multiplicadora dessa causa”, conclui o Dr. Rafael.
Como construir sua carreira na área da Saúde com a Unoeste?
O Outubro Rosa lembra que a área da Saúde não é apenas técnica: é cuidado, acolhimento e transformação social.
Cada palestra, cada orientação, cada diagnóstico precoce só acontece porque há profissionais preparados e comprometidos em fazer a diferença.
Na Unoeste, esse preparo vai muito além da sala de aula. A universidade oferece estrutura de ponta, com hospitais universitários, clínicas-escola, laboratórios modernos e projetos de extensão que colocam o estudante em contato direto com a comunidade desde os primeiros anos da formação.
Esse compromisso com a excelência se reflete no reconhecimento conquistado: a Unoeste é considerada a melhor universidade particular do Estado de São Paulo e está entre as Top 3 do Brasil segundo o MEC.
Isso significa que, ao estudar aqui, você não apenas recebe conhecimento técnico, mas é inserido em um ambiente que valoriza a pesquisa, a inovação e a humanização no cuidado em saúde.
A formação na Unoeste é construída com base em três pilares:
- Excelência acadêmica: professores renomados e referência em suas áreas de atuação.
- Experiência prática: estágios, projetos sociais e atividades em campo desde o início do curso.
- Propósito humano: formar profissionais que unem competência técnica e sensibilidade no atendimento às pessoas.
Se o Outubro Rosa inspira você a ser protagonista na área da Saúde, a Unoeste é o lugar certo para iniciar essa caminhada.
Quer saber mais? Baixe o Guia de Cursos da Faculdade de Ciências da Saúde da Unoeste e descubra todas as possibilidades de carreira que a universidade oferece para quem deseja transformar vidas por meio do cuidado.
