Índice
Se você se considera pai ou mãe de pet e acha que ter um cachorro ou gato é legal, imagina conviver com uma iguana, um sagui ou até um gecko-leopardo?
Cada vez mais pessoas têm buscado animais diferentes para chamar de seus, e o Brasil tem uma lista de espécies exóticas que são permitidas por lei.
Mas calma! Antes de sair por aí adotando qualquer bicho, é importante entender o que diz a legislação e como cuidar deles de forma segura e responsável.
Se você ama animais e já pensou em seguir carreira na Medicina Veterinária, esse assunto pode te interessar ainda mais.
Aqui, explico tudo sobre o tema, dos tipos de animais às regras do Ibama, além de mostrar como essa paixão pode virar profissão. Vem comigo!
O que são animais exóticos e o que diz a legislação brasileira
Animal exótico é toda espécie que não é nativa de uma determinada região, ou seja, que não ocorre naturalmente por ali.
Já os animais silvestres são aqueles que vivem em seu ambiente natural, mas não foram adaptados para viver entre os humanos, como araras, jabutis e tamanduás, no caso do Brasil, por exemplo.
A Lei nº 9.605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, determina que qualquer criação, comércio ou transporte de animais silvestres ou exóticos precisa seguir regras rígidas.
Eles só podem ser adquiridos de criadouros autorizados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ou pelo órgão ambiental estadual.
Importante: não dá pra comprar animal exótico em qualquer lugar ou trazê-lo de outro país. Isso é crime ambiental e pode causar sérios prejuízos à fauna e à biodiversidade.
Qual a diferença entre animais exóticos, silvestres e domésticos?
- Domésticos: são aqueles que foram domesticados ao longo do tempo e vivem bem com os humanos, como cães, gatos, cavalos e galinhas.
- Silvestres: são nativos da fauna brasileira, mas vivem sem necessitar de ajuda humana (livres). Mesmo sendo criados em cativeiro legalizado, exigem cuidados específicos e autorização. Exemplos incluem tucanos e onças-pintadas.
- Exóticos: vêm de outros países e precisam de registro para serem criados legalmente no Brasil.
Quais animais o Ibama permite ter no Brasil?
O Ibama permite a criação de alguns animais exóticos e silvestres, desde que eles venham de criadouros autorizados e sejam acompanhados de nota fiscal e toda documentação necessária.
Essa medida garante a saúde do pet, do tutor e também protege o meio ambiente.
A lista oficial varia, mas inclui espécies que já se adaptaram bem à convivência com humanos e não oferecem riscos ao ecossistema local.
Lista de animais que podem ser domesticados
Abaixo, você confere alguns dos animais exóticos e silvestres mais populares e permitidos no Brasil:
Iguana
É uma espécie exótica originária da América do Sul, com forte presença em países como Colômbia e Venezuela. É um réptil herbívoro que pode viver até 20 anos. Gosta de calor, por isso precisa de um terrário grande com lâmpadas UVB e temperatura controlada.
Cacatua
É uma espécie exótica originária da Austrália e do Sudeste Asiático. Essa ave chamativa é superinteligente e sociável, mas exige atenção, estímulos e muito espaço para voar e brincar.
Jiboia
É uma espécie silvestre nativa do Brasil e de outras regiões da América Latina. Apesar do medo que algumas pessoas têm, essa serpente pode ser dócil se criada corretamente. Alimenta-se de pequenos roedores e exige manejo responsável.
Porquinho-da-índia
É uma espécie exótica originária da América do Sul, domesticada há séculos por povos andinos. Fofinho, sociável e ótimo para quem quer um pet mais tranquilo. Vive bem em gaiolas espaçosas e com alimentação à base de feno, legumes e ração própria.
Tarântula
Algumas espécies são nativas do Brasil, enquanto outras vêm de regiões tropicais da África e Ásia. Ideal para quem curte aracnídeos. Apesar da aparência assustadora, muitas espécies são dóceis e, apesar de venenosas, algumas espécies não apresentam riscos para humanos.
Cágado-tigre-d’água
É uma espécie silvestre nativa do Brasil, encontrada em rios e lagos. Parece uma tartaruga, mas vive parte do tempo na água. Precisa de aquaterrário, alimentação balanceada e muita luz.
Ferret (furão)
É uma espécie exótica originária da Europa, domesticada há milhares de anos. É um dos pets mais divertidos dessa lista. Inteligente, curioso e ativo, adora explorar os ambientes e interagir com os tutores.
Gecko-leopardo
É uma espécie exótica originária da Ásia, encontrada em regiões áridas como Afeganistão, Paquistão e Índia. Esse lagarto pequeno é fácil de cuidar, desde que tenha um terrário adequado. Alimenta-se de insetos e é ideal para quem busca um réptil calmo.
Sagui
É uma espécie silvestre nativa do Brasil, encontrada principalmente nas florestas tropicais. Esse pequeno primata exige muita dedicação. Precisa de espaço, convívio em grupo e dieta específica. Só pode ser criado com autorização do Ibama.
Como adquirir legalmente e cuidar do seu animal exótico
Pra começar, escolha sempre criadouros ou lojas licenciadas. O pet deve vir com nota fiscal, atestado de origem legal e, em alguns casos, microchip de identificação.
É importante pesquisar bem sobre a espécie antes da adoção: alimentação, espaço necessário, temperatura ideal e rotina de cuidados.
Alguns desses animais vivem muitos anos e exigem acompanhamento veterinário constante.
Além disso, lembre-se de que o bem-estar animal é prioridade. Não é porque um pet é diferente que ele é um brinquedo. Responsabilidade é a chave.
Legislação e órgãos de proteção animal
O controle sobre a criação de animais exóticos no Brasil é feito pelo Ibama e pelos órgãos ambientais estaduais.
Cada estado pode ter regras específicas, então o ideal é consultar o site oficial antes de tomar qualquer decisão.
Além do Ibama, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e ONGs de proteção animal também ajudam a fiscalizar e orientar sobre o tema.
Se alguém for pego com animal ilegal, pode ser multado, responder criminalmente e ainda ter o bicho apreendido.
Como a paixão por animais exóticos pode se transformar em carreira
Se você já se encantou com essa variedade de espécies, saiba que dá pra transformar esse interesse em profissão.
A Medicina Veterinária é uma das áreas que mais cresce no Brasil e oferece atuação com pets domésticos, exóticos, silvestres e até animais de grande porte.
Durante a graduação, você conhece de perto as principais áreas da Medicina Veterinária, desde clínica e cirurgia até manejo de fauna, saúde pública, reprodução animal e comportamento.
Na faculdade, também aprende tudo sobre anatomia, nutrição, legislação ambiental e cuidados especializados para diferentes espécies.
A Unoeste, por exemplo, oferece a faculdade de Medicina Veterinária com uma estrutura completa de laboratórios, clínica veterinária e vivência prática desde os primeiros anos.
E se você quer seguir nessa área e precisa de um empurrãozinho, eu tenho um convite especial: clique no banner aqui embaixo e baixe gratuitamente o material “Motivos para fazer Medicina Veterinária na Unoeste”.
Vai te ajudar a conhecer mais sobre o curso, o mercado e entender por que essa escolha pode transformar seu futuro.
