Índice
- O que é Oncologia Pediátrica?
- Como é a rotina de um oncologista pediátrico?
- Como se formar em Oncologia Pediátrica?
- Quanto tempo leva para se tornar oncologista pediátrico?
- Quanto ganha um oncologista pediátrico?
- Áreas de atuação dentro da Oncologia Pediátrica
- Por que escolher a Unoeste para sua formação médica
O câncer infantil é raro, mas merece atenção. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), o Brasil registra cerca de 8 mil novos casos por ano. Isso representa 1% a 3% de todos os tumores malignos do país.
Mesmo assim, há um lado positivo: quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura podem chegar a 80% ou mais.
Esse avanço é resultado de tratamentos modernos, equipes qualificadas e serviços especializados em oncologia pediátrica.
E por trás de cada número existe uma história. Histórias de crianças que interrompem a rotina escolar. De adolescentes que precisam lidar com o medo. De famílias que buscam respostas e acolhimento.
É nesse cenário que entra a oncologia pediátrica: uma área que combina ciência, precisão e sensibilidade.
Se você deseja seguir carreira médica, entender essa especialidade é essencial, principalmente se já começou a pesquisar como ser médico ou quer descobrir como saber se Medicina é para mim.
A oncologia pediátrica é um campo que exige preparo técnico, empatia e coragem e pode ser uma das escolhas mais transformadoras da Medicina.
Chegou a hora de descobrir neste post como essa área funciona, quais são suas rotinas, desafios e caminhos de formação e como ela se conecta com outras áreas da Medicina.*

O que é Oncologia Pediátrica?
De acordo com Danielle Honorato Torelli, professora do curso de Medicina da Unoeste e responsável pelo Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Esperança de Presidente Prudente, a Oncologia Pediátrica é a área da Medicina que se dedica ao diagnóstico e ao tratamento do câncer em crianças e adolescentes.
Segundo ela, essa especialidade abrange tanto tumores sólidos quanto doenças hematológicas malignas, como leucemias e linfomas.
“O principal objetivo do trabalho é oferecer um tratamento eficaz, com o menor impacto possível no crescimento, no desenvolvimento e na qualidade de vida do paciente”
– Dra. Danielle Honorato Torelli
Oncologia Pediátrica atende adolescente?
“Sim, a Oncologia Pediátrica atende crianças desde o nascimento até os 18 anos, o que inclui os adolescentes”, destaca a médica oncologista.
De acordo com o Inca e a Sobope, o câncer infantojuvenil engloba pacientes de 0 a 19 anos, faixa etária utilizada para monitoramento epidemiológico no Brasil.
Esse intervalo é adotado porque muitos tumores que surgem na adolescência apresentam comportamento biológico semelhante ao câncer pediátrico, justificando a condução pelo oncologista pediátrico em vez de especialistas em adultos.
Essa área já foi enredo para muitas histórias no cinema, inclusive, a Unoeste foi cenário da gravação do filme Deixe-me Viver, que traz a história de uma adolescente com câncer.
Como é a rotina de um oncologista pediátrico?
A professora Danielle comenta que a rotina do oncologista pediátrico é intensa e envolve diferentes etapas do cuidado:
- Realiza consultas e avalia a evolução dos pacientes;
- Faz o acompanhamento clínico contínuo;
- Prescreve e monitora quimioterapias;
- Realiza visitas diárias aos pacientes internados;
- Acolhe as famílias, oferecendo suporte emocional;
- Explica diagnósticos e tratamentos de forma clara;
- Orienta sobre os efeitos e cuidados necessários durante todas as fases do tratamento.
É uma rotina que exige disponibilidade, sensibilidade e atenção constante, já que cada paciente responde ao tratamento de maneira única.
Principais responsabilidades e desafios
A médica pontua que as principais responsabilidades estão na realização do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura e na indicação do tratamento mais adequado com menor efeito colateral.
Já os maiores desafios incluem:
- Lidar com doença grave em pacientes jovens;
- Acompanhar o impacto emocional na vida do paciente e seus familiares.
“E em alguns momentos ter que lidar com a morte é algo de difícil entendimento nesta faixa etária de pacientes” diz Danielle.
Como se formar em Oncologia Pediátrica?
Para atuar como oncologista pediátrico no Brasil, o médico precisa seguir um percurso de formação estruturado e regulamentado por órgãos oficiais como o Ministério da Educação (MEC), a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).
Esse caminho garante preparo técnico e científico para lidar com doenças graves na infância e adolescência.
- Faculdade de Medicina: o primeiro passo é concluir a graduação em Medicina, em uma instituição reconhecida pelo MEC. São seis anos de formação, com disciplinas teóricas, práticas e estágios supervisionados.
- Residência médica em pediatria: após a graduação, é obrigatório realizar residência médica em Pediatria. Essa etapa dura 2 a 3 anos e deve ser feita em um programa reconhecido pela CNRM e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). É nessa fase que o médico desenvolve as bases do cuidado integral à criança e ao adolescente.
- Residência em Oncologia Pediátrica: concluída a Pediatria, o médico pode ingressar na residência em Oncologia Pediátrica. A duração mínima é de 2 anos, sempre em instituição credenciada pela CNRM. O acesso é feito por processo seletivo e exige a residência prévia em Pediatria.
- Título de especialista: depois de cumprir todas as etapas, o médico pode obter o Certificado de Área de Atuação em Oncologia Pediátrica. Esse título é concedido após aprovação em exame nacional realizado por entidades reconhecidas como: Sobope, SPB e Associação Médica Brasileira (AMB)
Esse certificado confirma que o profissional está oficialmente habilitado para atuar como especialista.
Quanto tempo leva para se tornar oncologista pediátrico?
O caminho até se tornar oncologista pediátrico é longo e exige dedicação. Somando todas as etapas obrigatórias, o tempo total de formação varia entre 10 e 12 anos. Veja como esse período se distribui:
- Graduação em Medicina: 6 anos de formação, com aulas teóricas, práticas e internato.
- Residência em Pediatria: 2 a 3 anos de residência médica.
- Residência em Oncologia Pediátrica: 2 anos de residência específica na área, realizada em instituição credenciada pela CNRM e acessível apenas após concluir a Pediatria.
Ao final desse percurso, o médico ainda pode se submeter ao exame nacional para obter o Certificado de Área de Atuação em Oncologia Pediátrica, concedido por entidades como Sobope, SBP e AMB, consolidando oficialmente sua especialidade.
Quanto ganha um oncologista pediátrico?
O salário de um oncologista pediátrico no Brasil é considerado um dos mais altos dentro da Medicina, devido à complexidade da especialidade e ao longo período de formação.
Segundo dados oficiais do Portal Salario.com, o ganho médio desse profissional em 2025 é de R$ 29.256 mensais, valor calculado a partir de registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), acordos coletivos e dissídios médicos.
O site também aponta que a remuneração pode variar bastante conforme experiência, instituição de atuação e carga horária.
- Início de carreira: a partir de R$ 12.000, especialmente no serviço público.
- Hospitais privados e centros de referência: podem ultrapassar R$ 25.000 mensais.
- Cargos de chefia, pesquisa ou docência: remuneração acima de R$ 30.000 mensais, dependendo do perfil da instituição.
Esses valores refletem a alta responsabilidade da área e a necessidade de formação prolongada, atualização constante e atuação direta em casos de alta complexidade.
Áreas de atuação dentro da Oncologia Pediátrica
A professora Danielle revela que o profissional pode atuar em:
- Hospitais e Centro de Referências em Oncologia Pediátrica;
- Pesquisas clínicas e científicas;
- Ensino e formação médica;
- Cuidados paliativos pediátricos;
- Centros de transplante de Medula Óssea.
Oncologia clínica
“É uma especialidade médica responsável pelo diagnóstico e tratamento dos cânceres em adultos, por meio de terapias medicamentosas, como a quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e hormonioterapia”, afirma a médica oncologista.
Acrescenta que essa área exige conhecimento técnico, mas também uma abordagem humanizada e integral.
Hematologia pediátrica
A professora explica que é uma especialidade da medicina que se concentra no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças hematológicas em crianças. “Isso inclui condições que afetam o sangue, como anemias, distúrbios de plaquetas, leucemias, linfomas, hemofilias, talassemias, entre outras”.
Cuidados paliativos e reabilitação
Danielle esclarece que é uma especialidade que cuida de pacientes com doenças crônicas, e busca melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família, controlando sintomas como dor, fadiga, falta de ar, náuseas e ansiedade.
“Os cuidados paliativos não significam fim do tratamento, mas sim uma abordagem que busca aliviar o sofrimento em todas as suas formas, física, emocional, social e espiritual”.
Acrescenta que essa assistência é oferecida por uma equipe multiprofissional, que pode incluir:
- Médicos;
- Enfermeiros;
- Psicólogos;
- Fisioterapeutas;
- Nutricionistas;
- Assistentes sociais;
- Terapeutas ocupacionais.
“A reabilitação busca ajudar o paciente a recuperar ou manter suas capacidades físicas, cognitivas e sociais, após uma doença, cirurgia ou tratamento intenso, como a quimioterapia”, diz a oncologista.
Pesquisa e inovação
Segundo a docente, essa área envolve desde o entendimento das causas do câncer, como fatores genéticos e ambientais, até o desenvolvimento de novos tratamentos.
“Várias pesquisas visam estudar e entender o comportamento de cada tipo de câncer, buscando terapias específicas e direcionadas para cada tipo de tumor. Muitas tecnologias inovadoras transformaram o cuidado com o paciente oncológico, aumentando a taxa de cura e melhorando a qualidade de vida”
– Dra. Danielle Honorato Torelli
Por que escolher a Unoeste para sua formação médica
Para seguir carreira em Oncologia Pediátrica, o primeiro passo é cursar Medicina.
A Unoeste se destaca por oferecer formação sólida, humanizada e alinhada às exigências do futuro médico.
A faculdade está presente nos campi de Presidente Prudente, Jaú e Guarujá está entre os três melhores do país, sendo o melhor curso do Estado de São Paulo com nota máxima pelo MEC.
Por meio de uma estrutura moderna, o aluno vivencia desde cedo atividades práticas, simulações realísticas e contato direto com pacientes.
Ao longo do curso, a rotina do estudante de Medicina na Unoeste envolve contato com serviços de saúde, participação em projetos comunitários, estágios hospitalares e muito aprendizado prático uma verdadeira preparação para especialidades complexas, como a Oncologia Pediátrica.
Para ajudar na preparação, você pode baixar gratuitamente o Plano de Estudo para Medicina, um guia completo para organizar sua rotina de estudos e se preparar para ingressar em uma faculdade de excelência.


