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A Internet das Coisas, ou como é conhecida em inglês, Internet of Things (IoT), é a conexão entre dispositivos capazes de coletar, enviar e integrar dados automaticamente.
Na área da saúde, isso se traduz em sensores, plataformas digitais e equipamentos inteligentes que atuam juntos para apoiar diagnósticos, monitorar pacientes e organizar rotinas clínicas com mais precisão.
A saúde digital ganhou destaque nos últimos anos, sendo, inclusive, tema de debates no G20, onde diferentes países destacaram a importância da telemedicina, prontuário eletrônico, sistemas e da segurança de dados — pilares que se conectam diretamente ao uso da IoT em ambientes assistenciais e hospitalares.
Para entender mais sobre IoT na medicina, o post de hoje reúne explicações do professor da Faculdade de Medicina da Unoeste e neurocirurgião Felipe Franco Pinheiro Gaia. Ele acompanha diariamente como essas tecnologias já fazem parte da prática assistencial.

O que é IoT em Medicina e para que serve
Segundo Felipe, a IoT na Medicina reúne dispositivos capazes de registrar parâmetros fisiológicos ou operacionais e transmiti-los automaticamente para a equipe de saúde, sem depender de anotações manuais.
“O objetivo é aprimorar a assistência, facilitando o acompanhamento remoto, o diagnóstico precoce, a gestão eficiente de recursos e a integração de informações entre pacientes e equipes de saúde”
– Felipe Franco Pinheiro Gaia
De acordo com o professor, na prática, a IoT é usada para:
- Monitorar sinais vitais continuamente;
- Identificar alterações clínicas precoces;
- Acompanhar pacientes a distância;
- Automatizar rotinas hospitalares;
- Integrar dados clínicos ao prontuário;
- Apoiar decisões médicas com informações em tempo real.
Entender esse cenário também é útil para quem se prepara para o Vestibular de Medicina, especialmente porque a formação médica atual já envolve contato com tecnologias que aumentam a segurança e a precisão do cuidado.
Exemplos de aplicação da IoT na área da saúde
A IoT aparece em diferentes etapas do cuidado, desde o monitoramento domiciliar até intervenções cirúrgicas complexas. “Essas tecnologias tornam o cuidado mais preciso, reduzem erros e ajudam na tomada de decisão clínica”, explica o neurocirurgião.
Alguns exemplos práticos são:
- Relógios e pulseiras inteligentes que monitoram frequência cardíaca, saturação e atividade física.
- Sensores de glicose contínuos, conectados a aplicativos e bombas de insulina.
- Camas hospitalares inteligentes que ajustam posição e enviam alertas de risco de lesões por pressão.
- Etiquetas digitais para rastrear medicamentos, roupas cirúrgicas e equipamentos.
- Respiradores e monitores multiparamétricos conectados, que enviam dados diretamente para a central de enfermagem ou para o prontuário eletrônico.
Monitoramento remoto de pacientes crônicos
O professor comenta que pacientes com hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma podem utilizar dispositivos que aferem sinais vitais automaticamente, enviam alertas de piora e ajudam a evitar internações desnecessárias.
Equipamentos hospitalares inteligentes
A IoT também está presente em hospitais, como nas bombas de infusão inteligentes, que calculam doses, previnem erros e avisam quando o medicamento está acabando
Além disso, existem os respiradores conectados, que alertam falhas técnicas e enviam dados ventilatórios continuamente; e sensores ambientais, que monitoram temperatura, umidade e qualidade do ar em áreas críticas como UTIs e laboratórios.
Cirurgias e intubações assistidas por IoT
No centro cirúrgico e em procedimentos críticos, o professor aponta alguns exemplos nos quais a IoT está presente: em videolaringoscópios conectados, instrumentos cirúrgicos inteligentes, sensores e robôs cirúrgicos em salas operatórias. “Essas tecnologias aumentam a precisão e a segurança em procedimentos complexos”, explica.
Um exemplo real desse avanço aconteceu em Presidente Prudente, no Hospital de Esperança. Uma cirurgia pioneira na base do crânio para remoção de um tumor raro, que utilizou recursos como neuroendoscópio, neuronavegador, aspirador ultrassônico e monitorização eletrofisiológica intraoperatória.
O professor Felipe Gaia integrou a equipe que conduziu o procedimento, que também contou com a participação de Márcio Rossi, neurocirurgião especializado em tumor na base do crânio que se deslocou de São Paulo para colaborar na cirurgia.
Alunos e residentes da Faculdade de Medicina da Unoeste puderam participar das discussões pré-cirúrgicas e acompanhar o procedimento.

O futuro da IoT na Medicina
De acordo com o professor Felipe, o futuro aponta para uma saúde cada vez mais conectada, personalizada e preditiva.
Algumas tendências incluem hospitais totalmente inteligentes, com logística automatizada e monitoramento de ambientes e pacientes, além de digital twins (gêmeos digitais), representações virtuais de pacientes geradas a partir de dados coletados por sensores.
O futuro da IoT está diretamente ligado à inteligência artificial, que permitirá monitoramento preditivo, dispositivos implantáveis conectados, plataformas unificadas de dados e expansão da telecirurgia.
Essa discussão é fundamental, inclusive, para quem hoje se pergunta como saber se Medicina é para mim? Porque mostra que a tecnologia não substitui o médico, ela amplia sua capacidade de cuidar.
Carreiras e especializações ligadas à IoT na saúde
Com a expansão da IoT, crescem áreas como:
- Medicina Digital e Telemedicina;
- Informática Biomédica;
- Engenharia Clínica;
- Gestão de Tecnologias em Saúde;
- Análise de dados clínicos;
- Saúde digital;
- Pesquisa e desenvolvimento de dispositivos médicos.
Como se preparar para trabalhar com IoT na Medicina
O professor recomenda que estudantes busquem contato com princípios de tecnologia e saúde, familiaridade com dispositivos e plataformas digitais e cursos de saúde digital.
Participar de ligas acadêmicas e eventos da área também ajuda a desenvolver habilidades práticas.
Outras competências importantes incluem análise de dados, noções de tecnologia aplicada à saúde e interação com áreas como engenharia biomédica e computação.
Esse preparo já começa no momento da escolha do curso e muitos candidatos direcionam sua busca ao Vestibular de Medicina justamente pela oportunidade de atuar em cenários tecnológicos.
Por que estudar na Unoeste e participar da transformação digital na saúde
Na Unoeste, tecnologia, prática clínica e pesquisa se complementam. Com uma formação conectada às demandas atuais da saúde, o curso de medicina é ofertado nos campi de Presidente Prudente, Jaú e Guarujá.
Para quem deseja estudar Medicina na Unoeste, esse ambiente de inovação é um diferencial importante, tanto para a formação acadêmica quanto para a atuação profissional no futuro.
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